domingo, 18 de julho de 2010

Experimento com Inteligência Acumulada

Inteligência Acumulada é o que se pode dizer de uma turma de 35 estudantes de alto nível, no penúltimo semestre de um curso considerado entre os dois melhores de um país de 200 milhões de habitantes.
É como a massa crítica necessária às condições de ignição do artefato nuclear. Explosivo e destruidor. Mas, como diz nosso ex-ministro da Cultura, o "artefato que fez do Japão o país da paz"...
O Japão era muito, muito belicoso...
Essa metáfora é pertinente.

Mas voltemos à inteligência que vi brotar de um experimento entre estudantes de Arquitetura.
Penúltimo semestre, prévio à finalização, tumultuado pelos períodos de trabalho estagiário e sobrecarregado pelos "temas de casa" absurdamente desviados ao trabalho braçal.
O grupo aceitou o encargo de experimentar e analisar as qualidades do prédio onde passaram seus anos acadêmicos, utilizando ferramentas de parametria e qualificação.
O resultado vai ser publicado neste blog pelo e com o mérito que aflora.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Arquitetura das Górgonas - VI

Podemos agir usando esta energia (aparentemente negativa, destruidora) a favor de um outro formato? Acredito que sim. Podemos trabalhar com outro modelo estético e funcional para nossso espaço urbano e habitat? Acredito que sim. Podemos mudar esta tendência antes que seja tarde e passemos a barbárie de sobreviver a cada dia como se fosse nossa única meta? Acredito que sim.

É nossa responsabilidade. Nossa possibilidade.
O bordão "Um outro mundo é possível" pode ser adotado também para esta ação.
Usa-se bastante dizer que cuidar por uma boa aparência para um deprimido é parte do tratamento.
Que outro modelo de cidade podemos propor, já que estudamos isso com o cuidado universitário?
Este blog vai abrir espaço para esta questão. Acredito na Arquitetura da Felicidade estudada e proposta por Alain de Botton. Acredito em Arquitetura de uma Arquitetura de Felicidade. Como um roteiro que leve em conta o objetivo verdadeiro de projetar espaços - a Felicidade.

Arquitetura das Górgonas - V

Este é o Monstro que adotamos. Não tem forma, por isso mais monstruoso. Tem indícios e mostra seu rastro em nosso medo. Por isso nos assusta até a medula.
Mas nos habitua, como o antílope ao leão. E vice-versa. Estão na mesma pradaria, mesma savana. De tempos em tempos o leão come. E os antílopes seguem desenvolvendo seus dotes de habilidade fugitiva. Evasiva. Assim o fazemos.

Talvez seja nosso maior desafio, ao ver de um humilde ser humano marcado pelo conhecimento da arquitetura e urbanismo. A violência é característica do ataque, mas também da defesa. A perfuração do abdomen por uma bala é igual em efeito no agredido que se defende como no agressor. O medo de perder é igual em ambos. Mesmo que diferente em resultado, a Violência urbana marca a horda predadora da mesma forma que a massa passiva e predada. E ela se relata em nosso imaginário construído. Se relata e o deforma. Cria corcundas e crostas tão inúteis quanto deprimentes.

Arquitetura das Górgonas - IV

- No absurdo da restrição ao nosso caminhar. Vivemos em micro-regiões de falsa segurança, com falsas esperanças de sobrevivência baseadas na falsa imagem de se pode comprar sistemas e seguros. Esquecemos dos portões. Não dos portões metafóricos, que sinalizam a passagem a espaços diferenciados, mas dos que fingem nos proteger e na verdade são o território onde todos os procedimentos, investimentos e ilusões se perdem. Aqueles onde passamos para buscar a segurança ansiada, mas nos expõem à fragilidade deste nosso servir de repasto ao monstro - neles estamos expostos à passagem. Ao momento onde a horda nos encontra de ventre revirado, como o animal de matilha que expõe o abdomen para demonstrar submissão. Neles nos acordamos para o fato de que o mais poderoso bunker tem sua fragilidade na menor porção. Onde entramos e saímos. E com isso pactuamos com o absurdo - minimizamos nosso mundo a encerras, muros e portões fortalezas para o engano da vida segura. E deixamos de caminhar livres. Nos prendemos. Nos restringimos.

Arquitetura das Górgonas - III

- Na aparência, que nos toca de modo insidioso e desmoralizante - vivemos gradeados de maneira anestesiante - trocando de lugar com a horda predadora. Vivemos instalando gradis e equipamentos de segurança, assemelhando nossos condomínios a campos de concentração e presídios, enquanto contrata-se arquitetos para discutir a melhor estratégia para amenizar a paranóia. E, como se diz amiúde, os predadores ocupam a rua. Basta passear por ruas que eram exemplo de urbanidade acolhedora, em bairros tradicionalmente residenciais, onde se criou a imagem dos anoiteceres ao pé da porta, com crianças brincando e conversas integradoras. Onde estão todos? No Medo, região fria, nebulosa e escura de nosso espaço de vida, interno e externo, quem tem como característica principal nos tornar precocemente envelhecidos e agressivos.

Arquitetura das Górgonas - II

- No comportamento, que de defensivo, se transmuta em evasivo - é o alerta da esquina, da parada no sinal, onde fechamos o vidro do carro para evitar o contato amedrontador com crianças e desvalidos que nos invadem. Evitamo-los por serem memento mori. Evitamo-los, mesmo que sejam brasileiros que necessitem de brasileiros para sobreviver. São extra-pacto social. Extranhos a ele. Alienígenas, de uma certa forma. Partes móveis do monstro criado pelo comportamento ambivalente do modelo de crescimento adotado. Estamos enriquecendo como país. E assumindo todas as ansiedades e dificuldades da desumanidade da acumulação priorizada.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

The Architecture of Gorgons versus Its Persy

The tendency to overload on items of safety in our urban space creates a monster. Not in the outer, but we step in what we feel and moves us - living space, urban or private ...

It is monstrous:
- At cost, which is deformed by the percentage of items that show violence in a deaf-mute - crates, ofendículos, guards (armed, sometimes), watch towers, closed circuit TV, procedures and strategies of behavior, etc.. Etc. ....

- In the conduct which the defensive, transmutes into elusive - is the warning at the corner of the parade in the signal, which closed the car window to avoid contact with children fearful and helpless that invade us. We avoid them because they are memento mori. We avoid them, even if Brazilians Brazilians needing to survive. Are extra-social pact. Strangers to him. Aliens, in a certain way. Moving parts of the monster created by the ambivalent behavior of the growth model adopted. We are richer as a country. And assuming all the anxieties and difficulties of the inhumanity of accumulation prioritized.

- In appearance, which touches us so insidious and demoralizing - live railings so numbing - swapping places with the horde predator. We live fences and installing security equipment, resembling our condominiums to concentration camps and prisons, while contracts to architects to discuss the best strategy to ease the paranoia.

As we say often, predators occupy the street. Just walking through streets that were welcoming example of urbanity in traditionally residential neighborhoods, where he created the image of the sunset near the door, with children playing and talking inclusive. Where is everybody? I think we are in fear, cold region, foggy and dark of our living space, internal and external, who has as main characteristic to become prematurely aged and aggressive.

- In the absurd restrictions on our journey. We live in micro-regions of false security, with false hopes of survival based on the false image they can buy systems and insurance. Forget the gates. Not the metaphorical gates, which signal the move to tiered space, but of those who pretend to protect us and indeed are the territory in which all procedures, investments and lost illusions. Those where we longed to seek safety, but expose us to the fragility of our meal to serve as a monster - we are exposed to moving them. At the moment the horde in the stomach is turned inside out, as the pack animal that exposes the abdomen to show submission. In them we awaken to the fact that the most powerful bunker has its weakness in the lower portion. Where we entered and left. And with that agreed upon with the absurd - we minimize our world to close, fortress walls and gates of the misunderstanding to secure life. And we left to walk free. We hold ourselves. Restrict ourselves.

This is the Monster we adopt. Has no form, so more monstrous. There is evidence in their wake and shows our fear. So frightens us to the core.
But we used to, like the antelope the lion. And vice versa. They're the same prairie, savanna same. From time to time the lion eats. And the antelope follow to develop their skill endowments fugitive. Dodge. So what we do.

Perhaps our greatest challenge, to see a humble human being marked by the knowledge of architecture and urbanism. The violence is characteristic of the attack, but also the defense. The drilling of the abdomen by a bullet is equal in effect on that attacked defends himself as the aggressor. The fear of losing the same in both. Even though different in result, the Urban violence marks the predatory horde in the same way that the passive mass and preyed. And she reports built into our imagination. If the reports and deforms. Creates crusts and hunchbacked as useless as depressing.

We can do this by using energy (apparently negative, destructive) for another format? I think so. We can work with other aesthetic and functional model for our scale urban space and habitat? I think so. We can change this trend before it is too late and spend the barbarism to survive each day as if it were our only goal? I think so.

It is our responsibility. Our chance.
The slogan "Another world is possible" can be also adopted for this action.
It is used for caring enough to say that looks good for a depressed is part of treatment.
What other city model we propose, as we study it with care university?
This blog will make room for this. I believe in the Architecture of Happiness studied and proposed by Alain de Botton. I believe in the Architecture for an Architecture of Happiness.

As a roadmap that takes into account the true goal of designing spaces - Sheltered Happiness.

domingo, 20 de junho de 2010

A Arquitetura das Górgonas I

A tendência à sobrecarga nos itens da segurança em nossos espaços urbanos gera um monstro espacial. Não no sideral, mas no que pisamos, no que sentimos e nos emociona - espaço de vida, urbano ou privado...
É monstruoso:

- no custo, que fica deformado pelo percentual de itens que se revelam em uma violência surdo-muda - grades, ofendículos, guardas (armados, às vezes), guaritas, circuitos fechados de TV, procedimentos e estratégias de comportamento, etc., etc....


- No comportamento, que de defensivo, se transmuta em evasivo - é o alerta da esquina, da parada no sinal, onde fechamos o vidro do carro para evitar o contato amedrontador com crianças e desvalidos que nos invadem. Evitamo-los por serem memento mori. Evitamo-los, mesmo que sejam brasileiros que necessitem de brasileiros para sobreviver. São extra-pacto social. Extranhos a ele. Alienígenas, de uma certa forma. Partes móveis do monstro criado pelo comportamento ambivalente do modelo de crescimento adotado. Estamos enriquecendo como país. E assumindo todas as ansiedades e dificuldades da desumanidade da acumulação priorizada.


- Na aparência, que nos toca de modo insidioso e desmoralizante - vivemos gradeados de maneira anestesiante - trocando de lugar com a horda predadora. Vivemos instalando gradis e equipamentos de segurança, assemelhando nossos condomínios a campos de concentração e presídios, enquanto contrata-se arquitetos para discutir a melhor estratégia para amenizar a paranóia. E, como se diz amiúde, os predadores ocupam a rua. Basta passear por ruas que eram exemplo de urbanidade acolhedora, em bairros tradicionalmente residenciais, onde se criou a imagem dos anoiteceres ao pé da porta, com crianças brincando e conversas integradoras. Onde estão todos? No Medo, região fria, nebulosa e escura de nosso espaço de vida, interno e externo, quem tem como característica principal nos tornar precocemente envelhecidos e agressivos.


- No absurdo da restrição ao nosso caminhar. Vivemos em micro-regiões de falsa segurança, com falsas esperanças de sobrevivência baseadas na falsa imagem de se pode comprar sistemas e seguros. Esquecemos dos portões. Não dos portões metafóricos, que sinalizam a passagem a espaços diferenciados, mas dos que fingem nos proteger e na verdade são o território onde todos os procedimentos, investimentos e ilusões se perdem. Aqueles onde passamos para buscar a segurança ansiada, mas nos expõem à fragilidade deste nosso servir de repasto ao monstro - neles estamos expostos à passagem. Ao momento onde a horda nos encontra de ventre revirado, como o animal de matilha que expõe o abdomen para demonstrar submissão. Neles nos acordamos para o fato de que o mais poderoso bunker tem sua fragilidade na menor porção. Onde entramos e saímos. E com isso pactuamos com o absurdo - minimizamos nosso mundo a encerras, muros e portões fortalezas para o engano da vida segura. E deixamos de caminhar livres. Nos prendemos. Nos restringimos.


Este é o Monstro que adotamos. Não tem forma, por isso mais monstruoso. Tem indícios e mostra seu rastro em nosso medo. Por isso nos assusta até a medula.
Mas nos habitua, como o antílope ao leão. E vice-versa. Estão na mesma pradaria, mesma savana. De tempos em tempos o leão come. E os antílopes seguem desenvolvendo seus dotes de habilidade fugitiva. Evasiva. Assim o fazemos.

Talvez seja nosso maior desafio, ao ver de um humilde ser humano marcado pelo conhecimento da arquitetura e urbanismo. A violência é característica do ataque, mas também da defesa. A perfuração do abdomen por uma bala é igual em efeito no agredido que se defende como no agressor. O medo de perder é igual em ambos. Mesmo que diferente em resultado, a Violência urbana marca a horda predadora da mesma forma que a massa passiva e predada. E ela se relata em nosso imaginário construído. Se relata e o deforma. Cria corcundas e crostas tão inúteis quanto deprimentes.



Podemos agir usando esta energia (aparentemente negativa, destruidora) a favor de um outro formato? Acredito que sim. Podemos trabalhar com outro modelo estético e funcional para nossso espaço urbano e habitat? Acredito que sim. Podemos mudar esta tendência antes que seja tarde e passemos a barbárie de sobreviver a cada dia como se fosse nossa única meta? Acredito que sim.

É nossa responsabilidade. Nossa possibilidade.
O bordão "Um outro mundo é possível" pode ser adotado também para esta ação.
Usa-se bastante dizer que cuidar por uma boa aparência, para um deprimido é parte do tratamento.

Que outro modelo de cidade podemos propor, já que estudamos isso com o cuidado universitário?
Este blog vai abrir espaço para esta questão. Acredito na Arquitetura da Felicidade estudada e proposta por Alain de Botton.
Acredito em e na Arquitetura de uma Arquitetura de Felicidade.

Como um roteiro que leve em conta o objetivo verdadeiro de projetar espaços - a Felicidade Serena.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago - Homenagem

Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.

O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.

Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.

O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso.

José Saramago

Equipe MDarq


Lourdes, Celma, Gerson, Adriana, Pablo, Eliane e Mauro Defferrari
daqui para o projeto internacional - Parabéns pela visão

La Amistad

!!! Férias, Feriado e Final de Semana!!
Reservas La Amistad -
MDarq Arq. 0055 51 93225038/97680505





quarta-feira, 9 de junho de 2010

Site e Twitter

www.mdarq.com.br
http://twitter.com/MDeffa

Apresentação

São vinte anos de projetos com qualidade e economia, sem concessão à facilidade das soluções prontas.
A cada projeto uma história própria e um modelo de realização completa.
Cremos na Arquitetura como FELICIDADE CONSTRUÍDA.